sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Conto 0006 Motoboy versão 3.0


Estava beijando Ana dentro da banheira de hidromassagem e uma coisa incrível acontecera, eu estava sentindo prazer! Comecei a perguntar pra ela onde ela gostava de ser tocada, comecei então a passar a língua no pescoço dela, dando uma mordidinha de leve em sua orelha, Ana respondeu como uma leoa que estava aguardando aquele momento há muito tempo, urrando de prazer, logo me jogou contra a parede da hidro e começou a me morder, beijar, lamber e perguntando onde eu gostava de ser tocado, confesso que não sabia nem por onde começar, eu fiquei sem reação, então ela começou a desfrutar do meu corpo.

Nesse momento eu decidi apertar o bico dos seus seios, ela parou de me acariciar e disse pra eu continuar fazendo aquilo, ela simplesmente ficou ali parada sentindo prazer, eu comecei a beijar seu pescoço, nessa hora já não me importava se eu estava sentindo prazer ou não, eu estava dando prazer a uma mulher, depois de estar em uma cadeira de rodas e pensar que isso jamais aconteceria. Ana foi ficando vermelha e cada vez urrando de prazer, eu pressionava a ponta de seus seios freneticamente, lambendo seu pescoço, mordendo a orelha, tudo de uma vez só, depois de alguns minutos, Ana deu seu ultimo suspiro e parou, ficou ali estática, eu a deixei curtir aquele momento.

Ao voltar a si Ana olhou pra mim, me deu um beijo, disse que tinha tido um orgasmo, disse que antes de sofrer a lesão, era muito difícil pra ela sentir prazer, geralmente seus parceiros gozavam antes e ela dificilmente chegava a um orgasmo, eu fiquei ali parado, pensando, como eu poderia ter dado um orgasmo a uma mulher que não sentia sua região genital? Ana perguntou se eu tinha sentido algo, eu disse que sim, mas, quando a vi sentindo prazer, esqueci de mim e pensei nela e ela automaticamente disse que agora era minha vez de sentir prazer.

Ana começou a me acariciar por todo o corpo, me beijando, lambendo, dando umas mordidinhas, até que ela mordeu o bico do meu seio, ela olhou pra minha cara e viu que eu senti prazer, começou então a chupar um dos bicos e apertar o outro com as mãos, eu me desliguei no momento, senti tanto prazer como há muito tempo não sabia o que era, ela continuou a fazer aquilo, até o ponto que eu senti aquela explosão de prazer, foi meu primeiro orgasmo depois da lesão, quando voltei do transe de prazer, Ana estava olhando pra água da hidro e pegando umas espumas brancas que eram diferentes das da hidro, quando eu olhei, reconheci imediatamente, era meu esperma!

Comecei a chorar, uma emoção enorme tomou meu ser, eu tinha esperma, eu posso ter filhos, isso é maravilhoso, Ana ficou chocada com minha reação, porque ela não quer ter filhos, ela acha que porque é cadeirante jamais poderá ter filhos, eu disse pra ela que havia pesquisado na internet e encontrei várias cadeirantes que tinham filhos, mas, Ana definitivamente não queria falar sobre aquilo.

Passamos o do dia conhecendo nosso corpo, os lugares que davam mais prazer, Ana estava muito feliz porque não imaginava que um dia teria orgasmo em sua situação e eu confessei a ela que não sabia se isso um dia aconteceria. Dormimos e no dia seguinte aquele café da manhã de Rei e Rainha, nós sorrimos muito comentando da noite passada, comecei este dia muito feliz, sabendo que eu poderia ter filhos e uma família, realmente aquela noite mudou nossas vidas.

Eu perguntei a Ana sobre nós, como nós ficaríamos depois daquela noite, ela brincou dizendo que não queria ter uma família e que nunca pensou nisso, nesse ponto conflitávamos, mas, ela estava gostando e disse que continuaríamos, até o ponto em que a relação pudesse existir sem machucar um ao outro.

O conto de fadas acabou e nós teríamos que voltar ao hospital, eu estava ansioso pra conversar com a sexóloga e a psicóloga do hospital, pra contar sobre nossa noite. Ana estava com um sorriso no rosto, totalmente diferente daquela pessoa que eu conheci.

Chegou a hora de falar com a psicóloga, eu estava muito ansioso, ela me perguntou como eu estava, eu respondi com aquele sorriso aberto que estava bem, comecei a contar do final de semana que passei com Ana, contei tudo e ela ficou pasma me olhando, parece que eu tinha contado um conto de fadas pra ela, simplesmente me perguntou se aquilo era verdade, nunca nenhum paciente tinha saído com o outro, não da forma que fizemos, mas, eu queria saber se poderia ter filhos e constituir uma família.

Ela disse que testes deveriam ser feitos e que a pessoa mais correta pra afirmar isso seria a sexóloga, mas, como psicóloga ela disse que claro que eu poderia ter uma família, mesmo se não pudesse ter filhos, que adotasse um, não era a cadeira de rodas que me limitaria, ela abriu a internet no computador e começou a me mostrar dezenas de pessoas que eram deficientes e eram políticos, atletas, profissionais de sucesso e que eu estava ali naquele hospital, justamente para aprender a viver com minha deficiência, mas, que somente eu poderia superar meus limites.

A sessão com a psicóloga terminou e começou a sessão de sexologia, contei mais uma vez a história, mas, pra sexóloga eu não estava contando um conto de fadas, na verdade ela estava praticamente ouvindo um filme pornô, é cômico notar a diferença em que as pessoas assimilam uma mesma situação.

Começaram as perguntas, ela disse que eu teria de fazer testes com meu esperma, pra saber se ele era fértil, mas, disse achar muito difícil não ser, porque a deficiência não afetava o esperma.

Ela me levou pra sala onde seria feito o teste com o esperma e eu fiquei nervoso pensando: Como eu teria um orgasmo novamente? Minha resposta foi explicada por ela, eles enfiariam um negócio no meu anus que daria uma espécie de choque e o esperma sairia, eu me neguei a fazer o teste, ninguém enfiaria nada em meu anus, ela me perguntou se eu queria ter filhos mesmo, uma família, que aquele era o único modo de saber, eu abaixei a cabeça e disse pra ela fazer o teste.

Eu não senti nada fisicamente, mas, psicologicamente eu estava arrasado, em pensar em enfiar qualquer coisa lá, era muito constrangedor, fiquei impressionado com a quantidade de esperma, depois me vesti e saí daquela sala com mil coisas em minha mente, a sexóloga disse pra eu não pensar nisso, mas, aquela cena não saída da minha cabeça, encontrei com Ana no corredor, saindo da sala de psicologia, ela parou a cadeira no meu lado, pegou em meu rosto e me deu um beijo na boca, quando olhei pros lados percebi que o corredor do hospital tinha parado e todos estavam nos olhando, a psicóloga e a sexóloga dando aquele sorrisinho sarcástico de que sabiam algo mais além daquele beijo.

Continua...